Mensagem de Julie Redstone
8 de Março de 2018
Do desconhecido vem o conhecido. Este é um princípio não apenas relacionado às nossas vidas individuais na Terra, mas um princípio cósmico da Criação. Do desconhecido vem o conhecido.
O que isso significa para nós, de forma individual e coletiva?
Isso significa que devemos, se desejamos que a mudança ocorra para nós mesmos ou para o mundo como um todo, estar dispostos a nos submetermos ao desconhecido, a nos rendermos a ele, até mesmo acolhê-lo.
Pois o tempo do desconhecimento envolve a desintegração dos velhos modos de ser, formas de pensar, modos de vida, para que algo novo possa ocupar seu lugar. O desconhecido é o que dá origem ao novo.
A energia de Shiva está inserida em nossas vidas pessoais, assegurando crescimento em direção ao que devemos nos tornar, e está inserido na vida do mundo, assegurando o cumprimento de um destino ordenado desde o início dos tempos, de que este planeta se tornaria um planeta sagrado, um planeta de beleza, paz e santidade.
Sentimo-nos longe disso agora. Nós nos sentimos envolvidos em um processo de pensamento coletivo muito distante do sagrado. Nós testemunhamos a vida ao nosso redor e nos sentimos desiludidos. Sentimo-nos inseguros, até mesmo assustados.
Tudo não é como deveria ser. Tudo não parece estar seguindo em uma boa direção. Nós testemunhamos isso, mas não sabemos o que fazer sobre isso, nem mesmo como pensar sobre isso.
Este é o momento da criação do novo, o tempo em que as premissas antigas sobre a realidade e sobre nós mesmos devem ser separadas para que elas possam se tornar servas do novo, de modo que possam se tornar servas de maior totalidade.
Quando dizemos a nós mesmos que não sabemos como o mundo irá chegar a um lugar melhor, que não podemos entender como, com problemas tão grandes como parecem estar presentes, como isso pode ser possível, estamos exatamente no meio da energia de Shiva, o movimento desconhecido, invisível da Criação, a desintegração do antigo para dar à luz o novo.
Esta nova coisa que está à espera de nascer não tem precedentes. Não pode ser prevista. É inesperada. É, até aparecer, invisível. Esperamos por isso no estado de ser que permite que o desconhecido exista dentro de nós. Esperamos no vazio. Esperamos em rendição.
Isso não significa que todas as atividades em nome do que julgamos ser bom devam cessar. A quietude deve ser interior, não necessariamente exterior. No entanto, esperamos no desconhecido para que o conhecido apareça. Esperamos, sabendo que ela sai da própria Criação, da dissolução do antigo.
A energia de Shiva é o portador do novo através da dissolução do antigo. Não deve ser temida. Não é para se desconfiar. É a energia da própria mudança, da própria transformação, e participamos com ela na medida em que somos capazes.
Do desconhecido vem o conhecido. Este é o princípio a que estamos sendo chamados a confiar em um momento de incerteza e agitação, seja individualmente ou na sociedade como um todo. Não podemos entender como resolver os problemas do mundo.
Não podemos entender como podemos viver em paz juntos. Do desconhecido vem o conhecido - o princípio divino da Criação que mostra o caminho, trazendo à manifestação o que o mundo tem esperado.
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Xamã das Estrelas
Tradução: Regina Drumond - reginamadrumond@yahoo.com.br
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